quarta-feira, 3 de julho de 2019

Samsung pode demitir mil pessoas na Índia; empresa nega

A Samsung estaria se preparando para demitir mais de mil funcionários em diversos setores de sua operação na Índia. De acordo com os relatos dos próprios trabalhadores da companhia, os cortes devem atingir principalmente setores gerenciais como pesquisa e desenvolvimento, vendas, marketing e departamentos de relações corporativas, apesar de a mão-de-obra de fabricação local também parecer na berlinda.

O motivo, afirmam as fontes, seria a forte competição de outros players locais, com uma agressiva oferta de celulares mais baratos e com recursos atrativos para os usuários. A Xiaomi, por exemplo, é citada nominalmente como a grande vendedora de smartphones do mercado online indiano, um setor do qual a Samsung depende grandemente, com mais de 40% de suas vendas no país acontecendo por esse meio.

Os trabalhos de realinhamento e organização já estariam acontecendo há algum tempo e uma esperança residia na chegada das redes 5G, que devem gerar uma nova febre de compra de aparelhos por usuários ávidos a experimentarem a nova geração de conexões móveis. Entretanto, a corda parece ter estourado antes disso, com as demissões marcadas para acontecer já neste segundo semestre.

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A Samsung, entretanto, nega as afirmações das fontes ouvidas pelo Economic Times. Em comunicado oficial, a empresa taxou como “enganosas” as informações de que estaria preparando uma onda de demissões e reforçou seu investimento na Índia, afirmando estar comprometida com o país e trabalhando, inclusive, para expandir suas operações por lá.

Ela citou, por exemplo, que a maior unidade de fabricação de produtos mobile do mundo carrega sua marca e está situada na cidade planejada de Noida, criada para ser um polo industrial e de comércio nas proximidades de Delhi. Além disso, trabalhos locais estariam acontecendo em prol da instalação rápida de redes 5G no país e, também, na geração de empregos, com mais de duas mil vagas sendo abertas na Samsung apenas ao longo de 2018.

A fabricante não apenas negou as demissões como disse que vai contratar mais gente na medida em que seus negócios na Índia se expandam. A Samsung também abordou questões relacionadas a uma possível ameaça à sua fatia de mercado, afirmando que conseguiu se consolidar ainda mais neste primeiro semestre em diversas de suas áreas de atuação, mantendo-se confiante de que 2019 será um ano de recordes de lucratividade para a companhia.

Hoje, a Samsung é a segunda maior fabricante de celulares do mercado indiano. De acordo com números da Counterpoint, a empresa detém uma fatia de 15% dessa área, uma vice-liderança que segue à distância, com a Xiaomi responsável por 43% das vendas de aparelhos do país. Os dados, entretanto, levam em conta apenas as vendas online, com a história podendo ser um pouco diferente nas prateleiras físicas.

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