Mais uma terça-feira, mais um resumo com as principais notícias científicas que rolaram na última semana! Toda terça, aqui no Canaltech, você fica por dentro dos acontecimentos mais relevantes no universo da ciência e da astronomia — tudo isso com poucos minutos de leitura, já que na correria do dia a dia a gente sabe que nem todos têm o tempo que gostariam para acompanhar o noticiário.
Aprendizado de máquina e a detecção de câncer de pulmão
Cientistas da Google estão usando aprendizado de máquina para detectar sinais iniciais de câncer de pulmão. Eles desenvolveram um algoritmo que se mostrou capaz de encontrar nódulos pulmonares malignos em mais de 42 mil exames de tomografia avançada, e o resultado mostrou que o sistema teve 11% menos falsos positivos do que os métodos tradicionais, e 5% menos falsos negativos em comparação com análises feitas por humanos.
Estação lunar Gateway começa a tomar forma
Como parte de seus atuais planos de estabelecer uma presença constante na Lua, a NASA construirá a estação lunar Gateway, que ficará na órbita lunar e servirá como pit stop de viagens espaciais, além de morada temporária para astronautas. Agora, a agência já escolheu a primeira empresa privada a participar da empreitada: a fabricante de satélites Maxar Technologies foi a escolhida para desenvolver e demonstrar um elemento de potência, propulsão e comunicação para a Gateway.
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Esse elemento é a base da estação, sendo o componente-chave para que a Gateway tenha seu desenvolvimento iniciado. A empresa primeiro demonstrará sua tecnologia, que pode ou não ser comprada pela NASA. A agência espera lançar esse elemento de potência para começar a montagem da Gateway até o final de 2022.
E por falar em presença fixa na Lua…
A NASA precisará lançar quase 40 missões até 2028 para que este objetivo seja alcançado. O programa Artemis, que levará novamente astronautas com a primeira mulher à Lua, começará na verdade antes de 2024: o primeiro voo de teste com o foguete SLS e a nave Orion deverá acontecer em junho de 2020, com o segundo voo, em 2022, levando astronautas à órbita da Lua, sem pouso (tal qual aconteceu com a Apollo 10). Então, em 2024, pousaremos novamente em nosso satélite natural — mas os planos não acabam aí.
A estação Gateway é fundamental para os atuais planos lunares da NASA, com sua montagem começando em 2022 e com previsão para acoplar o módulo de tripulação em 2023. No ano seguinte, a agência pretende lançar os últimos componentes críticos da estação, incluindo um veículo de transferência, um módulo de descida e um módulo de subida. A NASA prevê que até 2028 a Gateway já estará operando com uma estrutura inicial mínima e totalmente funcional.
SpaceX dá início ao projeto Starlink
Os primeiros 60 satélites do projeto Starlink, da SpaceX, foram enfim lançados à órbita terrestre. A ideia da empresa é criar uma constelação de satélites com 12 mil aparelhos para transmitir internet de alta velocidade a qualquer região do planeta, mas uma transmissão razoável já será obtida quando a empresa concluir os primeiros 60 lançamentos.
Logo depois do lançamento bem sucedido, um rastreador de satélites holandês conseguiu encontrar quase todos os 60 satélites Starlink no céu noturno, e gravou um vídeo mostrando-os brilhando em sua trajetória orbital:
Matéria orgânica extraterrestre encontrada em antiga rocha vulcânica
Uma amostra de rocha vulcânica de 3,3 bilhões de anos contém o que parecem ser moléculas orgânicas provenientes do espaço sideral. Geólogos da França e da Itália fizeram a descoberta estudando rochas antigas da África do Sul.
Os pesquisadores analisaram amostras do tamanho de um selo postal, analisando-as com microscópios eletrônicos, prótons de um acelerador de partículas e ressonância paramagnética eletrônica de ondas contínuas. Ali, eles encontraram diferentes tipos de sinais: a maioria correspondia a sinais de carbono que são encontrados em outras partes da Terra, mas havia ali um sinal que pareceu ser de um meteorito contendo carbono vindo de fora do nosso planeta.
O fato de material extraterrestre ser encontrado por aqui não é uma surpresa, pois eles acabam chegando à Terra por meio de objetos espaciais que colidiram conosco em algum momento de nossa história planetária. A surpresa aqui foi, de alguma forma, ter encontrado um número suficiente de materiais orgânicos extraterrestres a ponto de ser possível a detecção mesmo 3,3 bilhões de anos depois.
OMS vai oficializar “vício em games” como doença
Mesmo com muita controvérsia e polêmica, a OMS decidiu oficializar o “vício em jogos eletrônicos” como uma doença reconhecida pela entidade. Isso vai entrar em vigor a partir de janeiro de 2022, e serão considerados doentes aqueles que apresentem “um padrão persistente ou recorrente de comportamento de jogo”, sendo que “as desordens e sintomas incluem controle prejudicado sobre o ato de jogar, prioridade crescente oferecida aos jogos, e a continuação ou escalada dos jogos, apesar da ocorrência de consequências negativas”.
Ou seja: pessoas que perceberem que o hábito de jogar está prejudicando outras esferas de sua vida, incluindo pessoal, afetiva, familiar, social e profissional, poderão ser consideradas “viciadas”. Contudo, a entidade diz que esses padrões de comportamento devem ser apresentados por cerca de um ano ou mais para que o caso seja considerado um transtorno.
Leia a matéria no Canaltech.
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O céu (não) é o limite | O que está rolando na ciência e astronomia (28/05/2019) Publicado primeiro em https://canaltech.com.br
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