A Huawei, nesta quinta feira (28), se declarou inocente das acusações dos EUA relacionadas ao roubo de dados confidenciais da T-Mobile. Ainda assim, empresa chinesa foi indiciada pelo tribunal federal de Seattle, onde um juiz determinou um julgamento para o dia 2 de março de 2020.
O departamento de justiça dos EUA fez essas acusações públicas no mês passado, mas o caso é apenas uma das dores de cabeça que a companhia chinesa vem enfrentando por conta dos ataques realizados pelo governo estadunidense que, por sua vez, afirma que a tecnologia da Huawei representa uma ameaça à segurança nacional. O governo de Donald Trump tem tentado convencer seus aliados a não utilizarem os produtos da Huawei nas tecnologias de redes sem fio 5G, a internet móvel da próxima geração.
A empresa também está enfrentando acusações em Nova York por supostamente ter burlado as sanções comerciais impostas pelos EUA ao Irã. Meng Wanzhou, vice-presidente da Huawei, se tornou o centro do caso quando foi presa no Canadá, em dezembro do ano passado, a pedido dos Estados Unidos, e agora enfrenta uma batalha judicial no país — o que pode resultar em sua extradição.
A prisão de Meng teve ramificações internacionais e forçou um impasse diplomático entre a China e o Canadá. Com ira, a China havia pedido ao governo canadense que devolvesse a Meng enquanto prendia vários canadenses que estavam em seu país. Entretanto, o Canadá simplesmente afirmou que estaria apenas seguindo o acordo de extradição que possui com os Estados Unidos.
No momento, todas as tratativas e os possíveis desdobramentos dessa novela ainda permanecem em aberto, sendo que o presidente Trump sugeriu também que ele poderia considerar os casos contra a Huawei como parte das negociações comerciais em curso com a China.
Huawei se declara inocente nos EUA, mas julgamento é marcado para 2020 Publicado primeiro em https://canaltech.com.br
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