Estudo revela que é inútil não usar redes sociais para proteger informações

De acordo com um novo estudo publicado na revista Nature Human Behavior, não ser um usuário de redes sociais é igual a ser um fumante indireto: você pode não estar tragando diretamente um cigarro, mas quem vai definir o quanto seus pulmões sofrem são os fumantes à sua volta.

Isso porque pesquisadores da Universidade de Vermont e da Universidade de Adelaide chegaram à conclusão de que, mesmo que você nunca tenha tido uma conta em nenhuma das redes sociais existentes, esses sites possuem perfis completos sobre seus hábitos, preferências e perfil de consumidor, pois 95% de todas as informações que uma rede social possui sobre alguém não vêm exatamente do perfil da pessoa em si, mas sim das conexões que ela possui com outras pessoas, e não requer nenhuma informação coletada em primeira mão.

A pesquisa descobriu que, estudando 30 milhões de tweets públicos de cerca de 14 mil usuários, era possível definir com precisão quais seriam os próximos assuntos a ser comentados por um usuário em específico baseando-se nos feeds de cerca de oito de seus amigos digitais. E esse tipo de predição pode ser feito com a mesma precisão mesmo para aqueles usuários que abandonaram a rede social.

Isso quer dizer que, desde que seus amigos mais chegados façam parte de redes sociais (Twitter, Instagram, Facebook, Snapchat, etc), é possível calcular com uma precisão de 95% quais os assuntos que te interessam, em que tipo de eventos você tem interesse em participar e de quais marcas e produtos você é um consumidor em potencial.

Os pesquisadores concluem que, hoje, as informações pessoais estão tão interligadas às redes sociais que ainda é possível criar todo o perfil de uma pessoa mesmo que ela nunca tenha feito parte de nenhuma rede social em sua vida e que, em teoria, seria possível descobrir a ideologia política, produtos preferidos e até mesmo a religião de alguém apenas analisando seus amigos mais íntimos e familiares.

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