segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

Vendas do iPhone na China aumentam 83% após queda de preços

Revendedores oficiais da Apple na China estão relatando um aumento “explosivo” na procura pelo iPhone no país após o corte de preços aplicado pela fabricante no início de janeiro. Na Suning, uma das maiores redes de lojas de eletrônicos do território, o aumento nas vendas seria de 83%, principalmente entre os iPhone 8, 8 Plus e XR.

Movimento semelhante também foi registrado nas diferentes lojas online do Alibaba, um dos maiores grupos de comércio eletrônico da China. Por lá, a indicação é de um aumento de 76% nas vendas dos smartphones da Apple desde o dia 13 de janeiro, quando o corte de preços anunciado pela Apple foi aplicado em anúncios para os consumidores.

As informações são da imprensa local, que trabalha com dados oriundos dos varejistas e mostram o sucesso de uma rara atitude tomada pela Maçã, que anunciou, no dia 10 de janeiro, um corte nos valores dos iPhones. Em alguns casos, a redução nos preços foi de quase US$ 70, como uma forma de movimentar os números relacionados aos aparelhos e reverter uma queda na demanda que vem sendo vista em todo o mundo, mas, principalmente, na China, hoje um dos mercados prioritários para a fabricante.

Outras atitudes tomadas pela Apple para mudar esse cenário moroso incluem acordos que levaram a condições melhores para a compra de aparelhos junto a planos de operadoras e melhores condições na troca de modelos antigos por novos. Enquanto o corte de preços, em si, teria sido aplicado apenas na China, outras ofertas estão em andamento em diferentes países do mundo.

Essa mudança pode chegar, inclusive, ao Brasil. Em entrevistas que se seguiram a mais recente revelação de resultados financeiros, que refletiram a já esperada queda nas vendas e no faturamento, o CEO da Apple, Tim Cook, afirmou que a empresa vai rever as políticas de preços, principalmente em países emergentes, cujas moedas perderam valor diante do fortalecimento do dólar.

Na visão de analistas e de executivos da própria companhia, por mais que os números ainda sejam amplamente satisfatórios, há uma perda notável de interesse por parte dos consumidores na mais recente geração do iPhone. Para Cook, a estratégia inédita, com uma família composta por três modelos, seria um dos motivos para isso. Por outro lado, ele também argumenta que a base instalada não teve alterações, o que significa que os consumidores não estão migrando para a concorrência, mas aguardando novidades mais significativas para trocar seus aparelhos antigos por novos.


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