terça-feira, 30 de abril de 2019

Qual jogo das antigas merece reviver por meio de um remake?

O mercado mundial de jogos eletrônicos abraçou de vez os remakes. Goste você ou não, a ideia de buscar produtos antigos em catálogos há muito esquecidos tornou-se uma vertente bastante atual — e bastante lucrativa — para todas as produtoras e desenvolvedoras do setor. Não precisamos ir muito longe para vermos evidências: o remake de Resident Evil 2, lançado em janeiro deste ano pela Capcom, vendeu quatro milhões de cópias no mundo todo apenas em seu primeiro mês. E nem vamos começar a falar de Final Fantasy VII: o original de 1997 vendeu 10 milhões de cópias globalmente — imagine a expectativa do remake.

Não é difícil entender o motivo disso: jogadores mais velhos, mesmo tendo adotado as novas produções e consoles, ainda sentem aquela pontada de nostalgia ao ligar um console retrô e brincar novamente com aquele jogo que permeou a sua infância.

Pensando nisso, o Canaltech perguntou fez uma pesquisa interna e perguntou à equipe quais são os jogos dos quais eles guardam afetuosas memórias e que, na opinião deles, já passaram da hora de ganhar um remake. Veja a nossa lista a seguir e não deixe de opinar nos comentários!

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Dino Crisis

Felipe Demartini, repórter e redator:

“Se tem uma franquia que se daria muito bem com a nova jogabilidade de ação de Resident Evil (mais até do que a própria série de terror, diriam alguns) é Dino Crisis. O combate mais rápido contra os dinossauros, criaturas bem mais ferozes que os zumbis, se encaixaria de forma perfeita com a trama mais tecnológica da franquia, que não deixa de lado a boa dose de sangue e tripas que seriam muito bem representadas pela RE Engine.

Um reboot apresentaria a história dos dinos viajantes do tempo para uma nova geração e esquentaria o coração dos fãs da saga, que, inclusive, completa 20 anos em 2019”.

Battletoads

Luciana Zaramela, editora:

“Ai, vale gamer das antigas? Eu jogava exaustivamente na era dos 8 e 16 bits. Já pensou um remake do Battletoads? Um beat’em up frenético, trilha sonora sensacional. Não precisava nem ser visual dos jogos AAA de hoje: eu já penso em algo mais na linha do Streets of Rage 4, que estão fazendo agora: aquele visual cai bem para side-scrollers desse gênero. Me lembro até de um crossover entre Battletoads e Double Dragon no SNES.

Cheguei até a fazer a trilha sonora de fundo do CT News com base na música tocada na fase do jet-ski, que todo mundo odeia por ser extremamente difícil.

Eu lembro que chegaram a colocar um dos sapões no Killer Instinct atual e a recepção dele foi ótima, ou seja, mais um ótimo motivo para trazer de volta um dos maiores responsáveis por joysticks quebrados pela raiva na época”.

Pepsiman

Rafael Rodrigues, repórter e redator:

“Nos anos 90, uma mídia que as empresas estavam apostando forte para vender seus produtos era o videogame. O Chester Cheetah teve dois jogos relativamente bons no Super Nintendo, onde ensinava para as crianças como era legal e radical comer Cheetos, e até mesmo o finado refrigerante 7UP lançou para diversas plataformas um jogo de seu mascote Cool Spot, que era uma versão gaseificada da famosa fita Sonic 4 do SNES.

Mas nenhum desses esforços foi tão incrível quanto Pepsiman, lançado pela Pepsi em 1999. Nele você controlava o Pepsiman, um super-herói sem rosto e cujo uniforme emulava uma lata de Pepsi. Com uma mecânica de jogo simples, onde o personagem corria sozinho e era necessário desviar de objetos pelo cenário, o objetivo era achar uma lata de Pepsi para ajudar pessoas em situações de perigo.

Apesar de ter sido lançado apenas no Japão, o jogo foi um dos pioneiros no estilo infinite runner que, anos depois, se tornou um sucesso nos celulares com títulos como Temple Run. Por isso, um remake para celulares nesse seria perfeito: o retorno triunfal do personagem ao gênero que ele ajudou a criar.

Ace Combat 3: Electrosphere

Derek Keller, captação::

"No auge dos meus 10 anos, veio junto do meu PlayStation o Ace Combat 3. Até então, era o melhor jogo de aviões e caças que eu havia jogado (minha experiência no gênero se resumia a Top Gun até então). Para mim, eram os melhores gráficos de um jogo até então, e eu amava pilotar um caça com tão pouca idade. Me lembro de uma das missões, feita na estratosfera terrestre, e de estar gritando com a TV por errar um alvo a 50km de altitude.

A última fase — a “eletrosfera” do título — era algo até então inimaginável na minha cabeça, que não tinha ideia do que eram outras dimensões até me deparar com um ambiente anormal antes de fechar o jogo. Meu “eu” criança gostaria de se encantar novamente com esses gráficos trazidos para a nova geração, sendo agora uma época em que foguetes comerciais e o espaço sideral estão nas manchetes dos jornais de todo o mundo. Era um jogo bem avançado para a época, tanto nos gráficos quanto no level design e até menus, simples e intuitivos.

Embora recentemente Ace Combat 7 tenha saído (e o Canaltech já tenha feito a análise), bem que a Namco poderia entrar nessa onda de remakes e trazer esse clássico (por favor, com a versão japonesa e americana no mesmo jogo). A memória afetiva e o desejo de que as crianças de hoje também se deliciem com isso é o que me faz querer um remake de AC3”.

Shadowman

Rafael Arbulu, repórter e redator:

“Shadowman é o tipo de jogo fácil de ignorar, mas que trouxe fatores precursores à indústria: foi o primeiro (e, até hoje, um dos únicos) a abordar temáticas religiosas mistas, casando o vodu com relações cristãs, além de abordar a questão da representatividade ao trazer a maior parte de seus personagens principais negros, sem falar que era um jogo autenticamente para maiores com um enredo bastante intrínseco e aprofundado.

Minhas memórias daquela época são meio bagunçadas, mas acho que foi a primeira vez que vi palavrões sendo proferidos em um videogame, o que tornava a coisa ainda mais atraente, já que Shadowman, no Nintendo 64, era legendado em PT-BR. Infelizmente, a Acclaim Entertainment, publisher do jogo, faliu em 2004, mas suas propriedades intelectuais foram leiloadas para diversas empresas. É questão de alguém lembrar que o jogo existe e botar a ideia para funcionar”.

Vigilante8

Adriano Ponte, analista de produtos:

“Vigilante 8 era uma versão mais futurista do que era conhecido pelo jogadores no aclamado Twisted Metal, trazendo uma trama envolvendo viagem no tempo, robôs cowboys e um megalomaníaco controlador de raios. Caso nada disso fosse interessante, o jogador podia meramente destruir tudo. À parte do combate entre os veículos e suas inúmeras armas acopláveis, os cenários eram ricamente destrutíveis, desde postes, casas e portas a até mesmo manivelas e locais especiais que acionavam eventos no mapa, Inundando regiões, libertando formigas aliens através de um meteoro e até mesmo descarrilando trens.

Essa era a graça de Vigilante 8, nas duas versões do game. Os mapas eram um personagem vivo, não sendo apenas os carros atiradores combatentes a graça. Por que meramente adaptar planadores antigravidade num carro (ou flutuadores com propulsão no lugar das rodas) se não existe onde usar isso? Vigilante 8 permitia tudo isso e ainda lhe dava a chance de testar essas loucuras num cemitério pantanoso, numa cratera no deserto e até numa estação de ski.

O jogo chegou a ganhar uma versão “recente” em 2008, para os arcades, mas nada que trouxesse o jogo de volta à vida, como deve fazer Crash Team Racing em pleno 2019. Seria excelente ver esse jogo remasterizado ou ganhando um revival”.

Parasite Eve

Wagner Wakka, repórter e redator:

Parasite Eve é uma das melhores séries criadas pela Square Enix e que traz um sistema de luta que envolve ação e turnos, além de uma história muito interessante, que envolve combustão humana e viagens por uma realista Nova York.

O jogo chegou a ter uma continuação que foi até decente, mas mudou alguns pontos de mecânica de jogabilidade, tirando esse caráter de jogo de turno e descaracterizando um pouco o título. O último jogo foi um pífio Parasite Eve de PSP, que muita gente faz questão de não lembrar que existe. O jogo conta a história de Aya Brea, uma policial do NYPD que é imune a uma ameaça que faz as mitocôndrias das pessoas trabalharem tanto que elas entram em combustão.

Foi, portanto, quando aprendi o que eram mitocôndrias e como funcionam.

Outro ponto é que foi uma das primeiras vezes que tive contato com uma protagonista feminina de certa forma mais humanizada. O que não acontecia com séries como Tomb Raider. Na verdade, é uma franquia que merece novos jogos, mas isso não vai acontecer, então um remake é o suficiente, atualizando mecânicas e gráficos para a história”.

Leia a matéria no Canaltech.

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