Espera-se muita inovação para as Olimpíadas do Japão em 2020, e uma das iniciativas mais interessantes anunciadas até o momento é a forma como as medalhas olímpicas serão produzidas. O país encontrou uma maneira de incentivar a população a reciclar gadgets antigos como smartphones, câmeras digitais e laptops, reaproveitando os metais preciosos desses dispositivos para fabricar as medalhas que premiarão os melhores atletas do mundo.
Para que isso seja possível, um planejamento de coleta visionário foi elaborado. Desde quando começou até novembro de 2018, o comitê organizador dos jogos revelou que já arrecadou mais de 47 mil toneladas de dispositivos descartados, e cerca de cinco milhões de telefones foram entregues por usuários em um grande provedor local de serviços internet.
A meta inicial era extrair 67 libras de ouro (equivalente a 30kg), mais de 9.000 libras de prata (cerca de 4000 quilos) e aproximadamente 6.000 libras de bronze (pouco mais de 2 mil quilos) para produzir as 5 mil medalhas necessárias para as premiações dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2020. Dados divulgados oficialmente confirmam que será possível atingir essa meta com os dispositivos já doados, mas por garantia a coleta de produtos ainda deve continuar por mais um período.
A conscientização sobre o descarte correto de lixo eletrônico é um dos grandes desafios atuais. Com lançamentos constantes de novas tecnologias e o consumo cada vez mais acelerado de novos produtos, conseguir encontrar maneiras de reaproveitar materiais inutilizados e acompanhar a velocidade com que esse lixo é gerado ainda é um desafio. Segundo dados da ONU, nos Estados Unidos e no Canadá cada pessoa produz cerca de 20 quilos de lixo eletrônico por ano. Na União Europeia são aproximadamente 17,7 kg, mas apenas cerca de 20% do total desses resíduos são formalmente reciclados.
Medalhas das Olimpíadas do Japão serão feitas de gadgets reciclados Publicado primeiro em https://canaltech.com.br
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