sexta-feira, 29 de março de 2019

Supercomputador Aurora fará 1 quintilhão operações por segundo

Semana passada, quando a Google apresentou o Stadia, seu serviço de games por streaming, todo mundo ficou besta com a capacidade de processamento que o servidor que vai rodar os jogos tem: 10,7 teraflops de GPU – enquanto o PlayStation 4 tem 4,2 teraflops e o Xbox One X alcança até 6 teraflops. De repente, esses números ficaram pequenos.

A Intel, em parceria com o Argonne National Laboratory, sob encomenda do Departamento de Energia dos EUA (DOE), está desenvolvendo o Aurora, o primeiro supercomputador com desempenho de um exaflop. Isso significa que ele é duas potências acima do computador do Stadia, e uma acima do supercomputador mais poderoso atualmente, o Summit, da IBM, que alcança 122.3 petaflops.

O exame de desempenho do sistema Aurora mostrou que ele consegue realizar um quintilhão de operações por segundo. Em número absolutos, são 1.000.000.000.000.000.000 soluções matemáticas por segundo, ou 10 elevado à 18ª potência. Para chegar a essa capacidade de processamento, o Aurora combinará computação tradicional de alto desempenho (HPC) e inteligência artificial.

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O contrato do supercomputador está avaliado em mais de US$ 500 milhões, e ele será entregue ao Argonne National Laboratory em 2021. No laboratório, será utilizado em projetos de pesquisa inovadores que vão desde o desenvolvimento de simulações cosmológicas de escala extrema, a descoberta de novas abordagens para previsão de resposta a drogas e a descoberta de materiais para a criação de células solares orgânicas mais eficientes.

“O sistema Aurora promoverá novas inovações científicas e dará início a novas capacidades tecnológicas, ampliando a posição de liderança científica dos Estados Unidos globalmente”, afirma a Intel em comunicado. Para o diretor do Argonne, Paul Kearns, o Aurora “acelerará descobertas científicas combinando computação de alto desempenho e inteligência artificial para resolver problemas do mundo real, como melhorar a previsão meteorológica extrema, acelerar tratamentos médicos, mapear o cérebro humano, desenvolver novas materiais e mais compreensão do universo - e isso é apenas o começo".

A base do supercomputador Aurora será as novas tecnologias da Intel projetadas especificamente para a convergência de inteligência artificial e computação de alto desempenho em escala de computação extrema. O supercomputador incluirá mais de 200 gabinetes e terá interconexão escalável de alto desempenho.

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